Vereadores dão início à mobilização para dar novas destinações a 400 vagões da ferrovia abandonados na cidade

- Assessoria de Imprensa

06/06/2018 - Ong de atuação nacional apresentou projeto baseado na disposição do DNIT em doar essas estruturas

  Em reunião realizada nesta quarta-feira (06/06), na Câmara Municipal, a ONG PPROTEFFER - Profissionalização e Proteção da Família Ferroviária apresentou a vereadores as principais diretrizes de projeto que busca dar destinação a vagões de trens abandonados. Em Bauru, há cerca de 400 deles.

  A proposta é envolver o Poder Executivo e a sociedade civil em busca de soluções criativas, diante da explanação, pelo presidente da entidade, José Luiz Vieira Filho, de que o DNIT – Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes se dispõe a doar esses vagões.

  O encontro foi mediado pela vereadora Telma Gobbi (SD) e contou também com a participação dos parlamentares Chiara Ranieri (DEM), José Roberto Segalla (DEM), Luiz Carlos Bastazini (PV) e Coronel Meira (PSB).

  A ONG PPROTEFFER tem como principal objetivo, em seus 14 anos de atuação, estancar o processo de degradação da malha ferroviária e, a fim de garantir novas funções para os vagões, já discutiu seu projeto junto ao DNIT e ao Ministério da Agricultura.

  Isso porque, originalmente, a iniciativa visava a destinação dos vagões para pequenos e médios agricultores.

  Telma explica, contudo, que a reunião apontou outras possibilidades para o reaproveitamento dessas estruturas, que podem agregar à primeira proposta.

  “Vamos dar sequência a esse trabalho, formalizar ideias e buscar apoios. Um desses passos é envolver o poder público municipal que pode se engajar no cadastramento e na destinação desses vagões aos interessados. Além de servir aos produtores rurais, eles podem ser úteis, por exemplo, em projetos habitacionais e para ocupar praças públicas com lanchonetes padronizadas”, pontua a vereadora.

  Juntos, os 400 vagões abandonados em Bauru – que variam em dimensões – podem totalizar quase 6 mil metros lineares e, no mínimo, 15 mil metros quadrados.

  Os vereadores Chiara Ranieri e Coronel Meira destacaram que as universidades instaladas no município podem ser chamadas a participar do projeto. “É um potencial muito grande: um problema que pode ser transformado em diversas soluções”.

  Segalla, por sua vez, fez questionamentos operacionais a respeito da logística e do manejo dos vagões.

  Presidente da PPROTEFFER, José Luiz Vieira Filho pontou ainda que as alternativas podem ser pensadas e viabilizadas regionalmente, envolvendo municípios vizinhos – alguns, inclusive, enfrentam problemas com vagões abandonados.

  Também participou da reunião José Edival Padovan, representando os pequenos e médios agricultores de Botucatu.

 

VINICIUS LOUSADA

Assessoria de Imprensa