Na Sessão Legislativa desta segunda-feira (04/11), a vereadora Telma Gobbi (Solidariedade) demonstrou que a Prefeitura de Bauru não precisa do financiamento de R$ 46,6 milhões que está sendo pleiteado pelo governo para executar a relação de obras prometida. A operação de crédito, caso autorizada, poderá custar, em oito anos, quase R$ 70 milhões para os cofres públicos.
Na Tribuna, a parlamentar apontou a origem de recursos extras que foram, estão sendo ou serão arrecadados pelo município entre 2019 e 2020. De acordo com o levantamento, o montante chegará a R$ 78,1 milhões.
Telma defendeu que esse dinheiro seja integralmente destinado aos investimentos planejados pelo prefeito Clodoaldo Gazzetta, tendo frisado, entretanto, que, para isso, é necessário que haja projetos para todas as obras.
“Vão dizer que a verba não entra toda de uma vez, mas também não dá para fazer o asfalto todo de uma vez”, pontuou.
A vereadora reiterou ainda ser favorável às ações de infraestrutura nos Distritos Industriais, à modernização do Calçadão da Batista, compra de equipamentos e pavimentação nos bairros – outras frentes de serviço pleiteada por meio do financiamento.
Só a venda da folha de pagamento dos servidores rendeu à Prefeitura R$ 32 milhões. Entrarão também, segundo a Telma, R$ 10 milhões do Refis; R$ 6,8 milhões da Taxa de Fiscalização de Estabelecimentos (TFE); R$ 8 milhões que deixarão de ser pagos como contrapartida do PAC Asfalto; R$ 7 milhões do leilão do pré-sal; R$ 5,5 milhões do Fundo de Meio Ambiente; R$ 5,2 milhões na mudança na Contribuição de Iluminação Pública (CIP); além de R$ 3,6 milhões relativa à decisão judicial sobre o contrato de transporte escolar.
A parlamentar frisou ainda que a Reforma da Previdência pode render mais R$ 26 milhões ao município, não contabilizados no montante dos R$ 78,1 milhões.