Revitalização da avenida Rodrigues Alves é discutida em Reunião Pública

- Assessoria de Imprensa

Com obras em andamento, desde o mês passado, o vereador Marcelo Afonso apresentou propostas para revitalizar a região central da cidade; representantes do Executivo e da Acib Bauru debateram o assunto

Por iniciativa do vereador Marcelo Afonso (Patriota), a Câmara Municipal de Bauru promoveu, nesta terça-feira (4/10), uma Reunião Pública para apresentação do projeto do recape e pavimentação da avenida Rodrigues Alves, firmado com a empresa Fortpav Pavimentação e Serviços Ltda.

Participaram de forma presencial, os vereadores Gilson Rodrigues (PSDB), Pastor Bira (Podemos) e Pastor Edson Miguel (Republicanos), e os representantes do Poder Executivo, o secretário de Negócios Jurídicos, Gustavo Bugalho; o secretário de Planejamento (Seplan), Nilson Ghirardello; o secretário de Obras, Leandro Dias Joaquim; a secretária de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Renda (Sedecon), Gislaine Magrini; o secretário de Meio Ambiente (Semma), Levi Momesso; o diretor da divisão de Controle e Projetos Ambientais da Semma, Roldão Antonio Puci Neto; o diretor de departamento de Fiscalização e Gestão de Contratos da Secretaria de Obras, Bruno Rafael Canuto Minozzi; o chefe de seção de Fiscalização de Empreendimentos Particulares da Obras, Jorge Hirofumi Okawa; o chefe de seção de Medições e Acompanhamentos de Contratos da Obras, Fernando Machado da Silva; a diretora de divisão de Fiscalização da Obras, Luciana Garcia Campos, e o agente de administração da Semma, Rafael Nunes Rosalin. Também estiveram presentes, o presidente da Empresa Municipal de Desenvolvimento Urbano e Rural de Bauru (Emdurb), Everson Demarchi, e o diretor de Trânsito e Transportes da Emdurb, Flávio Jun Kitazume.

Também participaram de maneira presencial, o presidente da Associação Comercial e Industrial de Bauru (Acib), Reinaldo César Cafeo, e o diretor de serviços e expansão da Acib Bauru, Paulo José Graça Lima Aiello.

Contrato

A empresa Fortpav Pavimentação e Serviços Ltda, segunda colocada na licitação, é a responsável pela retomada da obra de recape e pavimentação na avenida Rodrigues Alves, quadras 2 a 11, pertencente ao convênio firmado com o Governo Federal. O valor desta segunda etapa é de R$ 4.385.998,39. Na primeira etapa, o custo foi de cerca de R$ 552 mil.

Discussão

Marcelo Afonso (Patriota) iniciou a reunião com a veiculação de diversos vídeos com ideias e modelos existentes em outras cidades como ciclofaixas, calçadas, canteiros centrais, bicicletários / paraciclos, “baia de ônibus” (embarque e desembarque de transporte público) e lixeiras subterrâneas.

O secretário de Obras, Leandro Dias Joaquim, explicou que o contrato da obra na avenida está em vigência desde 2020, anterior à sua administração, e, no momento, a execução é de serviços que já haviam sido contratados à época. Pontuou que qualquer alteração no sistema viário, como a proposta da ciclovia, envolve reduzir as faixas de rolamento laterais. Em relação às baias e aos recuos, informou que irão realizar uma baia experimental, com limitação de posteamento, que será localizada na praça em frente à Câmara, para fazer medição em relação às melhorias relacionadas ao trânsito.

O diretor de serviços e expansão da Acib Bauru, Paulo José Graça Lima Aiello, observou que para a construção de baias as calçadas ficarão menores e, com isso, a quantidade de água que entra nos imóveis, por causa dos ônibus, será maior. Sugeriu, então, que se fizesse um rebaixamento da avenida Rodrigues Alves, para que os passageiros entrassem de maneira mais rápida nos ônibus.

Leandro Joaquim explicou que na primeira parte da obra foram executados o recapeamento e a fresagem, e só neste momento estão realizando uma nova pavimentação. Com isso, os agregados graúdos estão sendo retirados e recompostos com um perfil de 65 a 70 centímetros. O secretário pontuou a complexidade do projeto, o que dificulta a realização de melhorias e alterações enquanto estiver em vigência, como por exemplo por ser um recurso federal em que se tem a necessidade de prestar conta para a Caixa Econômica Federal.

Ainda pontuou que, assim como apresentado pelo vereador Marcelo Afonso no início do encontro, irá realizar a troca da pavimentação da faixa de rolamento de veículos pesados, onde se tinha a faixa de concreto que não vingou, em razão da movimentação da base, tornando-a instável. Apontou ainda que a substituição será principalmente entre as quadras 9 e 2, onde o fluxo é maior.

Leandro Joaquim informou que o secretário do Meio Ambiente, Levi Momesso, autorizou que o material que está sendo retirado, “rico” em termos de resistência, fosse utilizado no combate às erosões. Além disso, o material de fresa também será reaproveitado nas vias públicas da cidade que ainda não têm pavimentação. Apontou que a obra tem um período de parada determinado, em razão da chuva. Destacou ainda que pelo menos quatro quadras, nos dois sentidos da avenida, chegando próximo ao colégio São José, deverão ser finalizadas as medições até o fim do ano, antes que dê início a temporada de chuvas mais intensas.

O secretário de Obras veiculou um vídeo da limpeza de uma caixa de passagem na rua Saint Martin com a avenida Rodrigues Alves, próximo a um posto de combustível, em que apresenta uma grande quantidade de resíduos plásticos. Alertou ser uma tubulação de 40 cm, que tem mais de 60 anos, e informou a retomada da campanha de conscientização ambiental.

Em relação ao rebaixamento da avenida, apontou a existência de muitas implicações. “Eu acho que padece de um estudo mais profundo, incluindo a solução de mobilidade urbana”, enfatizou. Leandro Joaquim ainda tratou sobre a necessidade de se pensar em terminais de ônibus e de se rever o conceito de mobilidade urbana no município.

“Se a gente for pensar numa melhoria, eu concordo com a proposta da ciclovia no centro da pista”, destacou o secretário de Obras, acrescentando que, para isso, seria preciso analisar os afastamentos das faixas.

Questionado sobre a possibilidade de incluir a construção de baias em toda a extensão da avenida durante a realização da obra de pavimentação, Leandro Joaquim esclareceu que serão recuos para ônibus, não para vagas de estacionamento de carros. “A prioridade é a questão de proteção da mobilidade urbana”, destacou. Reforçou que a implantação das baias apresenta uma dificuldade em relação aos postes, que se distanciam de 30 a 33 metros no máximo um do outro, sendo necessária uma análise dos locais em que haveria a possibilidade de serem realizadas, o que será feito após os resultados encontrados com a baia experimental.

O secretário de Planejamento (Seplan), Nilson Ghirardello, pontuou que a instalação de baia na avenida Rodrigues Alves é uma situação que precisa ser analisada, em razão de uma baia ter em média 2 metros de largura, sobrando pouco espaço para a circulação de pedestres e para um ponto de ônibus. Ainda considerou a necessidade de investimento em bons pontos de ônibus. Ressaltou que, tirando o caso da implementação de uma baia na praça em frente à Câmara Municipal, não há espaço ao longo da avenida para a implementação de outras. “É preferível deixar um espaço na calçada maior para se colocar um ponto de ônibus generoso, que as pessoas possam ficar realmente abrigadas em dias de chuva”, destacou.

Nilson ainda apontou que gostaria que o calçamento da avenida fosse refeito, com a utilização de um único material e piso tátil, o que teria de ser feito em uma outra obra com novo contrato, com custo em torno de R$ 1 milhão. Leandro Joaquim ressaltou que para uma reforma na calçada também seria necessário um levantamento a respeito do subsolo.

O secretário de Obras explicou que a obra na avenida tem previsão de término para o próximo ano e se comprometeu com o vereador a estudar até o início de 2023, dentro do cadastro que será levantado a respeito de discussões sobre o calçamento, e, tendo isso, solicitou que o parlamentar provoque a respeito do assunto.

Reinaldo Cafeo, presidente da Acib, questionou se há alguma alternativa arquitetônica mais moderna em relação ao canteiro central e se o momento da obra de recapeamento não seria o mais conveniente para se alterar a estrutura.

O secretário de Obras explicou que há um contrato em vigência e um planejamento anterior a 2020. Ressaltou que a Administração não está fechada a propostas.

O secretário de Planejamento, Nilson Ghirardello informou que há elemento para divisão das faixas, mas há situações que precisam ser mantidas em um primeiro momento, em decorrência da vigência de um contrato. “Em relação ao canteiro, ele deve se manter como está”, destacou, apontando que as melhorias poderiam ser a respeito do tipo de vegetação, utilizando uma que fosse mais baixa e mais bonita, por exemplo.

Para o vereador Marcelo Afonso, é um desperdício não alterar o canteiro central durante as obras no recapeamento da avenida, visando a revitalização da área central da cidade.

Levi Momesso, secretário de Meio Ambiente (Semma), destacou a necessidade de intervenção adequada, como a instalação de lixeiras. Entretanto, pontuou que além dos furtos de materiais na cidade há também um enorme vandalismo. O secretário ainda considerou que o monitoramento que será implantado no município no futuro, auxiliará nesses investimentos. Em relação ao canteiro central, pontuou o risco de acidentes no caso de uma alternativa mais baixa ser implementada no local.

Sobre a substituição das lixeiras, Levi informou que a pasta municipal está trabalhando na elaboração de um processo licitatório, inclusive nas praças públicas. Além disso, a Semma está finalizando um contrato para a limpeza exclusiva de lixeiras das praças municipais.