Por iniciativa do vereador Fábio Manfrinato (PP), foi realizada, no Plenário da Câmara Municipal de Bauru, nesta quinta-feira (26/04), reunião que apontou os desafios que ainda precisam ser superados para viabilizar a duplicação da avenida Affonso José Aiello, a fim de que sejam sanados os gargalos do tráfego na região - que vivencia processo de relevante adensamento populacional.
Além de moradores e empresários do entorno, participaram do encontro as parlamentares Chiara Ranieri (DEM) e Telma Gobbi (SD), o secretário municipal de Obras, Ricardo Olivatto, a diretora de Planejamento Urbano, Natasha Lamônica Moinhos, e o gerente de Planejamento e Sinalização Viária da Emdurb, Aníbal dos Santos Ramalho.
Logo no início da reunião, Manfrinato explicou que era importante pontuar a toda a comunidade interessada que a duplicação da via não será plenamente executada em curto prazo, ao contrário da informação que vinha sendo equivocadamente difundida nas últimas semanas.
Endossando o apontamento, Ricardo Olivatto explicou que as obras abrangerão cerca de 400 metros da avenida: do entroncamento com a rua que dá acesso ao condomínio Ilha de Capri até a que liga a Affonso José Aiello ao residencial Leville.
O trecho corresponde a menos de um terço do total de 1,5 quilômetro de pista que demanda pela melhoria: desde a rotatória do início da avenida Getúlio Vargas até a portaria do condomínio Villaggio 1. A partir daí, até o acesso à rodovia Bauru-Ipaussu, a avenida já é duplicada.
A Prefeitura não investirá recursos públicos nesta obra, que será viabilizada a partir de contrapartidas pactuadas junto a dois empreendimentos. As empresas também se responsabilizaram pela aquisição dos terrenos onde as novas áreas de tráfego serão construídas.
Olivatto afirmou ainda que a duplicação deve ter início no mês de junho, mas considerou que o cronograma de serviços precisa ser consolidado para que se possa estimar a conclusão dos trabalhos.
Outros trechos
Para que seja possível a duplicação do trecho da rotatória com a Getúlio até o entroncamento com a via que dá acesso ao Ilha de Capri, a Prefeitura precisa desapropriar partes de aproximadamente 50 lotes privados.
Natasha Lamônico ponderou que, se o município conseguisse negociar junto aos proprietários a indenização no valor de R$ 500,00 metros por metro quadrado (bem abaixo do valor venal, estipulado em R$ 800,00), teria que desembolsar mais de R$ 1,7 milhão.
Outra alternativa seria a cessão dessas áreas por seus respectivos donos, que seriam beneficiados com a duplicação da avenida. Até agora, no entanto, a administração só conseguiu a anuência dos responsáveis por quatro lotes.
O trecho entre a via que dá acesso ao Leville até a portaria do Villaggio 1 também demanda a negociação de desapropriações com um proprietário.
Perspectivas
Durante a reunião, moradores e empresários da região externaram que a duplicação do trecho inicialmente contemplado não solucionará o problema do tráfego nos pontos mais críticos da avenida.
Por sugestão do vereador Fábio Manfrinato, uma reunião será agendada junto ao Ministério Público, em busca de alternativas que possam acelerar a viabilidade da melhoria em todo o trecho de pista simples da Affonso Aiello.
VINICIUS LOUSADA
Assessoria de Imprensa