Estudo inicial de acesso à Estrada do Limão foi apresentado durante Reunião Pública

- Assessoria de Imprensa

De iniciativa do vereador Marcelo Afonso, o encontro contou com a participação da concessionária ViaRondon, que propôs auxiliar o estudo para viabilidade de acesso ao trevo em conjunto com os técnicos da Prefeitura de Bauru

Nesta quarta-feira (29/6), a Câmara Municipal de Bauru promoveu a segunda Reunião Pública para discutir a viabilidade de acesso à Estrada Rural “Rose Marie Miziara de Lima”, conhecida popularmente como Estrada do Limão. O encontro foi conduzido no plenário “Benedito Moreira Pinto” pelo vereador Marcelo Afonso (Patriota).

Participaram de forma presencial, o vereador Junior Lokadora (PP) e os representantes do Poder Executivo, o assessor de Gabinete da Prefeita Municipal, Leonardo Marcari; o diretor de departamento de Fiscalização e Gestão de Contratos da Secretaria de Obras, Bruno Rafael Canuto Minozzi; o diretor de divisão de Projetos Públicos e Serviços Técnicos, Bruno Sandre Porto; o engenheiro da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (Sagra), Otaviano Alves Pereira, e o engenheiro civil da Defesa Civil, Júlio César Natividade.

O encontro contou ainda com a presença, por videoconferência, do diretor de relações institucionais da concessionária ViaRondon, Fábio Abritta, e do membro da Igreja Tenrikyo de Bauru, Ricardo Ukei.

Também participaram de maneira presencial, os moradores e produtores rurais da região: Marcos Augusto Gonçalves, Fausto dos Santos, Michel Tiago Sartori, Carlos Creppe Júnior, Rogério Hideo Yamada, Suzi Franco e Carlos Franco.

Discussão

No início do encontro, o vereador Marcelo Afonso retomou os encaminhamentos gerados na reunião pública ocorrida em 14 de junho, que discutiu sobre a viabilidade de acesso à Estrada do Limão, e veiculou uma matéria em vídeo a respeito do local.

Posteriormente, Fábio Abritta apresentou o mapa do local e uma sugestão de projeto. De acordo com ele, o acesso seria realizado pelo retorno operacional localizado no KM 355, com a implantação de uma rotatória ligada a uma via marginal, que levaria à Estrada do Limão. Entretanto, o diretor pontuou que a obra não está prevista no contrato de concessão da ViaRondon e que ela deveria ser viabilizada pelo Executivo ou por uma solicitação direcionada ao governo estadual.

Questionado por Marcelo Afonso, Abritta informou ser possível a concessionária apoiar o projeto dentro do que está previsto pela concessão. “Mas sempre vai depender do ok da agência [Artesp] e do estado”, pontuou.

Rogério Hideo Yamada indagou se o projeto mostrado por Abritta não usaria o terreno da igreja e se ele teria o aval da Artesp. O diretor informou que a obra é simples de ser realizada. Abritta ainda pontuou acreditar que a área em que seria realizada a rotatória é de propriedade da igreja, sendo necessária a sua desapropriação. Abritta apontou a demanda de um projeto para analisar a necessidade de utilização de área do terreno da igreja para a realização da marginal.

Otaviano Alves Pereira questionou se o projeto da pasta apresenta alguma limitação, por consistir em um prolongamento de terra da Estrada do Limão até o retorno operacional do KM 355. Abritta explicou que, no mínimo, o trecho da rotatória e da marginal deveriam ser pavimentados.

Júlio César Natividade disse que a diferença do projeto do Executivo, em relação ao apresentado por Abritta, seria a viabilização de recuo de 8 metros da cerca atual, para facilitar eventuais reparos, ficando a pista com 14 metros de largura. O engenheiro pontuou que uma solução para viabilizar o acesso seria a utilização de uma área total de 15 mil metros, pertencente à igreja. Natividade ainda destacou que a rotatória de acesso apresentada pela ViaRondon é mais interessante e que, fora essa mudança, o projeto poderia seguir a base que o próprio engenheiro apresentou.

Marcelo Afonso questionou se a ViaRondon não ajudaria de alguma forma a fazer a rotatória. Abritta disse que “infelizmente” não seria possível, já que a concessionária não pode assumir esses custos. “Já que a gente vai discutir a obra, vamos discutir a obra com o governo do estado, com o que é o mínimo necessário para atender as demandas”, pontuou.

Indagado por Afonso sobre o custo do projeto de execução, Natividade disse que depende e que não teria ideia por não ser o tipo de trabalho que realiza corriqueiramente, pontuando, entre tudo, que a execução é possível e que tem condições de fazer.

Para Carlos Creppe Júnior, a segurança que o acesso pelo retorno operacional traria em comparação ao acesso direto pela rodovia é muito maior.

Bruno Rafael Canuto Minozzi, diretor do departamento de Fiscalização e Gestão de Contratos da Secretaria de Obras, frisou que a pavimentação utilizada na malha urbana não é a mesma utilizada na malha rodoviária. O servidor ainda pontuou que a execução da obra pela pasta é uma dificuldade, por apresentar muitas outras demandas e desafios. Entretanto, mostrou apoio e falou sobre tentar um trabalho conjunto.

Leonardo Marcari, assessor de Gabinete da prefeita Suéllen Rosim (PSC), disse que irá repassar todas as demandas e que tudo que precisar de apoio será dado pelo Executivo. Leonardo questionou sobre a possibilidade de ser realizado um acesso mais simples, que não gere um custo alto. Abritta explicou não ser possível, em virtude da exigência de que qualquer acesso à faixa de domínio ou à rodovia precisa estar com pavimento compatível com o da rodovia. O diretor da ViaRondon ainda pontuou entender que a Artesp não aceitaria um projeto sem pavimentação. "O ideal seria buscar esse entendimento com o governo", destacou.

Otaviano disse tecnicamente concordar com Abritta, questionando se seria possível uma reunião para conversar com o corpo técnico da ViaRondon. Abritta concordou e sugeriu a construção de um projeto básico que permita uma estimativa de valores da obra.

Suzi Franco apontou que a Estrada do Limão tem pouco tráfego, mas que desempenha uma função essencial no município, que é o escoamento de mercadorias. A moradora considerou ser interessante a obra ser realizada da maneira como foi discutida na reunião, mas destacou a necessidade de que um acesso seja viabilizado.

O membro da Igreja Tenrikyo de Bauru, Ricardo Ukei, pontuou que a decisão não depende dele, mas dos fiéis e da igreja, a qual eles reportam, sendo do Japão. Ukei ainda informou que julho é um período em que outras atividades da instituição religiosa estão ocorrendo, pedindo prazo até agosto para que a resposta sobre a possibilidade de utilização da área seja dada.

Abritta sugeriu ainda a Ricardo que os membros da igreja deveriam apoiar o acesso regularizado no local, porque o terreno da igreja também seria beneficiado com a valorização. Ricardo pontuou que o terreno tem mais de um acesso, o que não seria um problema para a igreja, mas “toda melhoria é sempre bem-vinda”.

Otaviano voltou à fala de Suzi sobre a questão do volume do tráfego e pontuou que tal questão ainda não é considerada, pois a estrada não tem tanto movimento “hoje”. Ainda destacou que entendeu o posicionamento de Abritta e que concorda com a realização de um acesso na regularidade.

Questionado por Marcos Augusto, produtor rural da região, Abritta explicou que a via deve ser de mão dupla, já que a abertura de um acesso, automaticamente fecha o acesso antigo, que era direto à rodovia.