Comissão espera resposta sobre revisão do reajuste na tarifa do transporte coletivo até sexta-feira

- Assessoria de Imprensa

Em nova reunião com a presidência da Emdurb, vereadores e representantes da sociedade civil reiteraram incongruências nos dados e critérios que embasam o cálculo do valor, estabelecido em R$ 4,20

Após nova reunião da Comissão de Transportes e Serviços Públicos da Câmara Municipal de Bauru para discutiu o reajuste da tarifa do transporte coletivo, o governo Clodoaldo Gazzetta, representado pelo presidente da Emdurb, Elizeu Eclair, comprometeu-se a, até sexta-feira (26/07), responder formalmente a ofícios de iniciativa do presidente do colegiado, Mané Losila (PDT), e do vereador Coronel Meira (PSB), reivindicando a revisão do aumento.

Caso nada mude, os novos valores passam a valer a partir deste sábado (27/07).

Com a mudança, a tarifa básica terá valor único de R$4,20: elevação de 5% para quem paga em dinheiro – 20% dos usuários – e de 10,6% para quem usa o passe eletrônico (cartão) – 80% dos usuários.

Vereadores, munícipes e representantes da sociedade civil apontaram incongruências nos dados e na metodologia que embasaram os cálculos para a definição da nova tarifa.

Embora sejam contabilizados todos os itens que implicam em elevação de custos, não foram considerados fatores de desoneração, como a redução do total de quilômetros das linhas dos circulares.

Estudo elaborado pela Consultoria Administrativo-Financeira da Câmara apontou outras divergências, como a variação do custo do combustível. “O aumento foi inferior a 4%, mas a conta considerou 15%”, exemplificou Mané Losila.

Também foi exposto na reunião que o poder público, concedente do serviço de transporte coletivo, não tem controle sobre as receitas obtidas pelas empresas concessionárias, já que a venda de bilhetes antecipados (pelo carregamento de cartões) é atribuída aos particulares.

Outro ponto é que, como se respalda em planilha técnica de 1996, o cálculo considera o nível de consumo de óleo diesel muito acima do que o observado nos ônibus em circulação atualmente.

Reação

Mané Losila, presidente da comissão, informou, ao término do encontro, que, se o Poder Executivo não recuar dos índices de reajuste decretados, novas medidas serão tomadas junto a órgãos como o Procon e o Ministério Público.

A reunião contou ainda com a participação dos vereadores Markinho Souza (PP) e Luiz Carlos Bastazini (PV), membros da comissão, e Coronel Meira; além do consultor financeiro da Câmara, Alexandre Previero; do presidente do PSOL em Bauru, Roque Ferreira; e de Carlos Alberto Eduardo de Oliveira, representante do Comude (Conselho Municipal dos Direitos das Pessoas com Deficiência).