A Comissão de Obras e Serviços Públicos da Câmara Municipal de Bauru promove, nesta terça-feira (17/04), a partir das 10h, no Plenário Legislativo, reunião para tratar de pendências relacionadas à ligação de energia elétrica para o funcionamento da futura Estação de Tratamento de Esgoto (ETE).
Presidente do grupo parlamentar, o vereador Mané Losila (PDT) solicitou a convocação de representantes da Secretaria de Obras, do DAE e da Emdurb e convidou para a discussão a CPFL Energia e a Caixa Econômica Federal (CEF), além da construtora COM Engenharia.
O chamado da reunião foi deliberado após a vistoria da comissão no canteiro de obras da ETE, realizada na semana passada, quando seus membros foram informados sobre o novo impasse.
A administração municipal depende da instalação de ponto de fornecimento de energia com a tensão adequada para o funcionamento da estação de esgoto.
“Infelizmente, o governo não recebeu sinal positivo da CPFL Energia nesse sentido e vai negociar com a empresa Mondelez o uso da subestação de energia, que não vai ter utilidade para a indústria diante da paralisação da planta da fábrica em Bauru”, pontuou o vereador Mané Losila na ocasião.
O presidente da Comissão de Obras observou ainda que, sem resolver a questão da energia, o município não conseguirá cumprir o compromisso de dar início ao tratamento preliminar do esgoto no mês de julho.
Presidente alerta sobre risco de suspensão de repasses
Bussola em entrevista à TV e à Rádio Câmara Bauru
Ainda na semana passada, foi constatado novos atraso no cronograma físico-financeiro da ETE, como apontou o Ministério Público Federal (MPF) em ofício dirigido à Presidência da Câmara Municipal.
Nesta segunda-feira (16/04), ao ocupar a Tribuna na Sessão Legislativa, o presidente Sandro Bussola (PDT) falou sobre o receio de que, diante da morosidade dos trabalhos, o governo federal suspenda o repasse dos recursos destinados à construção da ETE. Assista à entrevista concedida por ele à TV Câmara Bauru.
O parlamentar pontuou que, conforme publicado no Diário Oficial da última terça (10/04), foram medidos, no último mês, menos de R$ 270 mil em serviços executados pela COM Engenharia, responsável pela construção e instalação de equipamentos da estação de esgoto.
“As medições poderiam ser de R$ 7 milhões. O valor verificado equivale à compra de parafusos em uma obra dessa envergadura”, comparou Sandro Bussola.
Apesar dos atrasos, os representantes do governo alegaram à Comissão de Obras, na última semana, que esperam dar início ao tratamento pleno do esgoto da cidade a partir de dezembro.
Inicialmente, o prazo divulgado para que as obras da ETE terminassem era setembro de 2016.
VINICIUS LOUSADA
Assessoria de Imprensa