Comissão de Educação: governo vai terceirizar reparos em prédios escolares

- Repórter Fotográfico

18/10/2017 - Vice-prefeito também anunciou decisão de que reeducandos deixarão de prestar serviços nas unidades de ensino da rede municipal

  Em reunião promovida nesta manhã pela vereadora Chiara Ranieri (DEM), presidente da Comissão de Educação e Assistência Social do Poder Legislativo de Bauru, para discutir problemas na manutenção de prédios de escolas da rede municipal de ensino, o secretário de Obras, Ricardo Olivatto, informou que a administração trabalha na elaboração de edital para contratar esses serviços junto a uma empresa privada, como já ocorreu no passado.

  Em visitas a todas as unidades da educação fundamental, Chiara constatou que a demora e a má qualidade em reparos estão entre as principais demandas da comunidade escolar.

  A informação foi confirmada por diretores de escola que participaram da reunião e relataram a inexistência de calçadas, caixas d’água inadequadas, estrutura física irregular para a alimentação dos alunos e até a espera de meses para uma simples substituição de lâmpada queimada.

  O vereador Serginho Brum (PSD), que é membro da Comissão de Educação, também relatou ter verificado essas dificuldades ao visitar 30 unidades de ensino da rede municipal. “Preparei um dossiê para que possamos buscar uma solução definitiva e que não seja apenas pontual para o problema”, destacou.

  O encontro contou ainda com a participação dos parlamentares Telma Gobbi (SD), Yasmim Nascimento (PSC), José Roberto Segalla (DEM) e Miltinho Sardin (PTB).

  Representaram o Poder Executivo, além do secretário de Obras, Isabel Miziara, da Educação, Mayra Fernandes da Silva, do Meio Ambiente, Toninho Gimenez, vice-prefeito e secretário das Administrações Regionais, Sidnei Rodrigues, coordenador da Defesa Civil, e o diretor de Limpeza Pública da Emdurb, Luiz Eduardo Borgo.

  Os gestores admitiram que a Prefeitura de Bauru não dispõe de estrutura, especialmente de pessoal, para o atendimento adequado às demandas dos prédios escolares.

  Ricardo Olivatto pontuou que sua pasta conta com apenas oito pedreiros, que, se deslocados para os serviços internos das unidades de ensino, deixariam a cidade como um todo desguarnecida.

  Sobre a terceirização, ele explicou que a Secretaria Municipal de Planejamento está concluindo o descritivo do edital para que, na próxima semana, os preços sejam cotados para que a licitação seja publicada.  

Socorro

  Independentemente da contratação de uma empresa privada, o vice-prefeito Toninho Gimenez externou a intenção do governo de disponibilizar um veículo com uma equipe que possa executar pequenos reparos nas unidades escolares.

  Presidente da Comissão de Educação, Chiara Ranieri (DEM) destacou a importância de que as ações sejam viabilizadas a tempo de que as escolas possam receber seus alunos em condições adequadas no início do próximo ano letivo.

Reeducandos

  O vice-prefeito Toninho Gimenez colocou durante a reunião que o prefeito Clodoaldo Gazzetta já determinou que a mão-de-obra de reeducandos do regime semiaberto do sistema penitenciário não seja alocada para a prestação de serviços dentro das escolas, a menos em dias e horários em que não haja a presença de alunos nas unidades.

  A preocupação com a presença nas unidades de ensino desses reeducandos – alguns cumprem penas por crimes, como homicídio, como relatou uma das diretoras escolares na reunião – foi exposta por Chiara Ranieri durante a Sessão Legislativa da última passada. Leia mais aqui

  Na reunião desta quarta-feira (18/10), a vereadora voltou a defender os convênios entre o município e a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) do Estado de São Paulo, mas reforçou que a escola não é o ambiente mais adequado para a prestação de serviços por pessoas em processo de ressocialização.

 

 

VINICIUS LOUSADA

Assessoria de Imprensa