Na tarde desta quinta-feira (03/07), o vereador José Roberto Segalla (União Brasil) entregou no Plenário “Benedito Moreira Pinto” a Moção de Aplauso nº 94/2025 à pedagoga e psicóloga bauruense Mariana Sotero Bonnás, pelo trabalho de excelência, pelo acolhimento humanizado das famílias atípicas e pelo livro de sucesso "Mães Atípicas – A Maternidade Que Ninguém Vê".
A proposição começou a tramitar na Casa de Leis no dia 26 de maio e foi aprovada pelo plenário na sessão legislativa realizada no último dia 2 de junho.
O vereador Junior Rodrigues (PSD) presidiu a cerimônia, que também contou com a presença dos vereadores Estela Almagro (PT) e Edson Miguel (Republicanos). Já a entrega coube ao proponente da honraria, que lembrou que acompanha a trajetória de Mariana há muito tempo e, com isso, só vê o orgulho e os motivos para homenageá-la crescerem.
“Quando tomei conhecimento do livro que escreveu e o li, fiquei mais encantado ainda. E achei que era hora dos bauruenses terem orgulho de terem em Bauru uma escritora, além de todas as qualidades como psicóloga e pedagoga”, afirmou Segalla, ainda elogiando a qualidade da escrita da autora homenageada.
Mariana também teve um momento de fala. Ela agradeceu aos presentes, aos vereadores que aprovaram a Moção e, especialmente, José Roberto Segalla por tê-la proposto. Ela disse que se sente muito feliz pelo reconhecimento, não só por ela, mas pelas mães atípicas que muitas vezes são invisibilizadas.
“É importante mostrar que essas mães existem e precisam ser cuidadas”, reforçou, citando que, segundo dados do IBGE, o Brasil conta com mais de 18,6 milhões de pessoas com deficiência.
Trajetória inspiradora
Mariana Sotero Bonnás é bauruense, casada com Ricardo Bonnás, mãe de Vítor e Mariah, pedagoga e psicóloga, referência nacional no atendimento a mães atípicas. É autora do livro "Mães Atípicas - A Maternidade Que Ninguém Vê", da Editora Gente, lançado em fevereiro de 2025 - obra que se tornou símbolo de um movimento social de reconhecimento e valorização dessa maternidade invisibilizada. A partir dele, nasceu o movimento "Mães Atípicas Existem", que tem ampliado o debate público sobre os desafios vividos por essas mulheres, promovendo escuta, acolhimento e transformação social.
Formada há mais de 17 anos, Mariana construiu uma trajetória sólida na Psicologia, sempre com foco na escuta sensível e no cuidado integral. Fundadora do lnPMA - Instituto de Psicologia da Maternidade Atípica - atua exclusivamente com famílias atípicas, com ênfase no acolhimento de mães de pessoas com doenças raras, síndromes, transtornos ou deficiências. Sua prática clínica envolve atendimentos individuais e em grupo, além da oferta de serviços personalizados para empresas, como cursos, palestras e rodas de conversa.
É idealizadora e docente do único curso de capacitação em Psicologia da Maternidade Atípica do Brasil, contribuindo para a formação de profissionais preparados para lidar com as complexidades emocionais vivenciadas pelas mães que cuidam de filhos com necessidades específicas. Além disso, é Diretora do Núcleo de Acolhimento da Associação Brasileira da Síndrome de Prader-Willi (SPW), fortalecendo ainda mais sua atuação em contextos de saúde raros e desafiadores.
Mariana é formada em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), com conclusão em 2008, e graduada em Pedagogia pela Faculdade das Américas (FAM), concluída em 2021. Possui especialização em Terapia Cognitivo Comportamental pela Universidade de São Paulo (USP), em Psicologia e Transtorno do Espectro Autista pela Universidade de Araraquara (UNIARA), e em Educação Especial e Inclusiva pela Faculdade de Educação São Luís.
Sua missão vai além de dar voz às mães atípicas: é oferecer cuidado, presença e reconhecimento a mulheres que, muitas vezes, são esquecidas enquanto lutam pelos filhos. Mariana acredita que cuidar das mães é também cuidar das crianças, das famílias e de toda a sociedade. Seu trabalho é, antes de tudo, um ato de amor comprometido com a dignidade, a saúde emocional e o pertencimento de quem tanto precisa ser visto e acolhido.