‘CEI da COVID-19’: representantes da FERSB e do Conselho Municipal de Saúde respondem questionamentos em oitiva

- Assessoria de Imprensa

Ações desenvolvidas pelas instituições durante o período de enfrentamento da pandemia foram detalhadas

A Comissão Especial de Inquérito (CEI), que apura a atuação do Poder Executivo no enfrentamento à pandemia do novo coronavírus em Bauru, promoveu a sexta reunião de trabalho e a quarta rodada de oitivas nesta terça-feira (8/6), com representantes de entidades de saúde e de classe.

A CEI da COVID-19’ é presidida pelo vereador Mané Losila (MDB) e tem Eduardo Borgo (PSL) como relator. Outros parlamentares membros são Junior Rodrigues (PSD), Junior Lokadora (PP) e Pastor Bira (Podemos).

Também estiveram presentes os vereadores Luiz Carlos Bastazini (PTB), Coronel Meira (PSL) e Pastor Edson Miguel (Republicanos).

FERSB Bauru

A diretora-geral da Fundação Estatal Regional de Saúde da Região de Bauru (Fersb), Claudia de Almeida Prado e Piccino Sgavioli, foi a primeira a prestar esclarecimentos na ‘CEI da COVID-19’.

No início de sua apresentação, Claudia Prado destacou, entre outros pontos, as dificuldades enfrentadas pela fundação em manter plantonistas em todos os pontos solicitados.

Eduardo Borgo questionou Claudia Prado sobre a existência de uma taxa de administração paga pelos municípios que mantém a fundação, a diretora disse que os custos administrativos são pagos através de um rateio entre os contratantes.

Claudia informou ainda que, excluindo as empresas médicas, todos os outros funcionários da FERSB são contratados em regime de CLT.

Em Bauru, a FERSB mantém funcionários na UPA Bela Vista, Ipiranga, Geisel, Mary Dota, no PAC e em algumas unidades sentinela que funcionam nas UBS. Somando esses pontos, a fundação mantém mais de 100 empregados da área técnica.

Questionada por Mané Losila, Claudia Prado informou que o contrato de gestão específico para as demandas impostas pela pandemia foi renovado em abril e termina no próximo dia 22 de julho. De acordo com a diretora, a FERSB solicitou à prefeitura a diminuição dos postos de plantão porque a fundação não vinha conseguindo manter funcionários em todos os postos.

Claudia Prado informou que as escalas de médicos plantonistas são enviadas semanalmente para a prefeitura, e são atualizadas diariamente. Desse modo, o Executivo tem ciência das lacunas na escala com 24 horas de antecedência.

De acordo com a diretora, os próximos convênios que forem firmados pela prefeitura diminuirão os postos e reajustarão os valores do plantão, que eram os mesmos desde 2014. Um profissional que responderá pela escala da unidade também é previsto no texto.

Coronel Meira sugeriu a criação de equipes de médicos volantes, que atendam as unidades de saúde em casos de alta demanda.

A gestora acredita que as complementações necessárias para melhor enfrentamento da pandemia, no que diz respeito às responsabilidades da FERSB, foram realizadas.

Conselho Municipal de Saúde

Em seguida, a coordenadora do Conselho Municipal de Saúde (CMS) de Bauru, Graziela de Almeida Prado Piccino Marafiotti, foi ouvida pelo colegiado.

Indagada por Eduardo Borgo, Graziela Marafiotti acredita que o momento atual é um dos piores em relação à saúde pública. Para a conselheira, a alta demanda de atendimentos dificulta a contratação de médicos em Bauru em relação a outras cidades menores da região.

Uma das propostas do conselho ao município é o fortalecimento da rede de informação para os usuários, diminuindo o número de atendimentos realizados nas unidades de urgência, que poderiam ser feitos nas unidades básicas de saúde.

Graziela acredita que o município precisa aumentar o número de profissionais nas unidades de saúde, com maior segurança. A conselheira informou ainda que o CMS participa de algumas reuniões do Comitê Municipal de Enfrentamento à COVID-19.

Para a conselheira, as ações que estão sendo tomadas pelo poder público são resultados de uma grande preocupação com o bem-estar dos munícipes, mas que podem ser melhoradas.

Ausentes

Os representantes da Associação Paulista de Medicina (APM) e do Sindicato dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem e Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Bauru e Região - SindSaúde foram convidados, mas não compareceram para prestarem informações à comissão de investigação.

A próxima rodada de oitivas será na terça-feira (22/6).

O presidente da comissão, Mané Losila (MDB), deliberou na reunião ordinária de hoje, que o colegiado estenderá os trabalhos por mais 30 dias, para além dos 60 que venceriam no dia 6 de julho. Os membros poderão apresentar o relatório final da Comissão Especial de Inquérito (CEI) até o dia 6 de agosto, cumprindo o prazo máximo de 90 dias de trabalho. O pedido de prorrogação deverá ser apresentado na próxima sessão legislativa e precisará passar pela aprovação dos demais parlamentares em Plenário.

Programação das oitivas da ‘CEI da COVID-19’

22 de junho

14h - Orlando Costa Dias, secretário Municipal de Saúde; Alana Trabulsi Burgo, diretora do Departamento de Urgência e Unidades de Pronto Atendimento; Ezequiel Santos, diretor do Departamento de Saúde Coletiva (DSC), e os servidores da Secretaria de Saúde, Mário Ramos e Luiz Ricardo Cortez (convocados)

16h - Sérgio Henrique Antonio, ex-secretário municipal de Saúde (convocado – servidor público municipal)

29 de junho

14h - Clodoaldo Armando Gazzetta, ex-prefeito municipal de Bauru (gestão 2017-2020) (convidado)

6 de julho

14h - Suéllen Rosim, prefeita municipal de Bauru (gestão 2021-2024) (convidada)