Na tarde desta quinta-feira (24/04), os vereadores Sandro Bussola (MDB), Márcio Teixeira (PL) e Markinho Souza (MDB), presidente do Legislativo, entregaram a Moção de Aplauso nº 39/2025 ao Senhor Wanderson Francisco Melo Figueiredo, em reconhecimento e gratidão por sua grande atitude de coragem, compaixão e amor ao próximo. Ele enfrentou uma enxurrada na Avenida Nações Unidas para ajudar uma família que ficou ilhada após o temporal que atingiu Bauru em 15 de março.
A proposição começou a tramitar na Casa de Leis no dia 24 de março deste ano e foi aprovada em plenário na sessão legislativa realizada no dia 31 do mesmo mês. No momento da entrega, além do homenageado e dos vereadores autores, estiveram presentes os vereadores Dário Dudário (PSD), Eduardo Borgo (Novo), Estela Almagro (PT), José Roberto Segalla (União Brasil), Junior Lokadora (Podemos), Marcelo Afonso (PSD) e Miltinho Sardin (PSD), familiares, assessores parlamentares e servidores da Casa.
Diversos vereadores prestaram sua homenagem à Wanderson. Márcio Teixeira se disse feliz por ter pessoas com a coragem que o homenageado apresentou: “com garra salvou uma família, muitos não fariam o mesmo”, disse. Segalla o chamou de heroi e Dário Dudário o parabenizou pelo esforço e o amor ao próximo em uma hora tão difícil. Já Estela Almagro lembrou que o ato heroico evitou uma tragédia, que infelizmente em outros momentos aconteceram.
Agradecendo a homenagem, Wanderson citou um trecho da Oração de São Francisco de Assis: “Onde houver esperança, eu levo a fé”.
O ato de coragem e compaixão
Natural de Bauru, Wanderson Francisco Melo Figueiredo, de 46 anos, esposo de Amile Karoline do Padro, de 41 anos, enfrentou uma enxurrada na Avenida Nações Unidas para ajudar uma família que ficou ilhada após o temporal que atingiu a cidade de Bauru no dia 15 de março de 2025. Durante o salvamento, ele quebrou o tornozelo e rompeu dois ligamentos, sendo necessária a realização de uma cirurgia.
Wanderson é motorista de transporte público e tem quatro filhos, sendo um deles da mesma idade de Luís Felipe, o garoto de 12 anos que ficou ilhado com a família e se agarrou ao pára-choque do Ómega do avô até que o socorro chegasse, enquanto o tio e a tia grávida também o seguravam para que ele não fosse levado pela correnteza.
A cena de desespero tocou o motorista e sua esposa, que estavam em um mercado próximo fazendo pequenas compras. Ao saírem do estabelecimento, ouviram gritos - era a família pedindo ajuda. No caminho até a família ilhada, Wanderson foi arrastado pela força da água e machucou o pé. Ainda assim, mesmo com muita dor, pegou uma corda que o tio do garoto tinha no carro e a amarrou à grade de uma locadora de veículos para que pudesse salvar o menino, que estava em condição de afogamento.