Audiência discute ações de emergência e planejamento contra enchentes

- Repórter Fotográfico

04/07/2017 - Defesa Civil mapeou 36 pontos críticos de alagamentos na cidade e defende instalação de mais 3 cancelas para episódios de fortes chuvas

Por iniciativa do vereador Mané Losila, foi realizada, na tarde desta terça-feira (04/07), no Plenário da Câmara Municipal, Audiência Pública para discutir o diagnóstico e eventuais soluções para o crônico problema de inundações na cidade de Bauru, que causou transtornos e prejuízos acima da média no início deste ano. Assista à íntegra

Também participaram da reunião os parlamentares Ricardo Cabelo (PPS), que secretariou os trabalhos, e Natalino Davi da Silva (PV).

Representando o Poder Executivo, estiveram o coordenador da Defesa Civil, Sidnei Rodrigues, o secretário de Obras, Ricardo Olivatto, o secretário interino de Planejamento, Maurício Porto, e o secretário do Bem-Estar Social, Carlão Fernandes.

Sidnei falou sobre a intenção de revisar o Plano Emergencial do Controle de Enchentes e explanou quais as principais ações quando dos episódios de inundação, envolvendo também o Grupo de Operações de Trânsito (GOT), o Centro de Meteorologia de Bauru (IPMet), o Corpo de Bombeiros, entre outros.

Segundo o coordenador da Defesa Civil, Existem na cidade 36 pontos crônicos de alagamentos.

Sidnei Rodrigues defendeu ainda a instalação de mais três cancelas, utilizadas para impedir o tráfego de veículos em casos de chuva forte nos locais mais críticos.

Um equipamento já está na avenida Nações Unidas com a Rua Aparecida, no sentido Bairro-Centro. As outras três cancelas, de acordo com ele, deveriam estar na Nações com a Marcondes Salgados (sentido Centro-Bairro) e nos dois sentidos da rua Benevenuto Tiritan.

Infraestrutura

Questionado pelo vereador Mané Losila, o secretário de Obras, Ricardo Olivatto, falou sobre alguns dos projetos para a infraestrutura de drenagem, para os quais o município precisa viabilizar recursos.

O maior deles tem como objeto a avenida Nações Unidas. Em seu entorno, serão necessários a construção de cinco grandes reservatórios subterrâneos e o reforço de 12 quilômetros de galerias.

O projeto básico para as intervenções está sendo desenvolvido pela Hidrostudio, empresa contratada pela Prefeitura.

Há, no entanto, outras dezenas de obras de microdrenagem que precisam ser executadas. Olivatto deu como exemplo o custo estimado para resolver os problemas na Vila Ipiranga, um dos principais bairros afetados pelas chuvas deste ano: R$ 8 milhões.

O Plano de Saneamento contratado pela Prefeitura apontou que o município precisa investir ao menos R$ 670 milhões para resolver os problemas crônicos de inundação.

Investimentos

O vereador Mané Losila, que preside a Comissão de Obras, disse que o objetivo da audiência foi despertar na administração a necessidade de planejar para minimizar os impactos das próximas chuvas.

“A Defesa Civil, o GOT, a Emdurb e o Corpo de Bombeiros estão preparados, mas temos que discutir a importância de se reservar recursos no Orçamento para que ao menos algumas ações de microdrenagem sejam viabilizadas. Levantaremos essa questão com a chegada do Plano Plurianual (PPA 2018-2021).

 

 

Secretário de Obras, Ricardo Olivatto


VINICIUS LOUSADA

Assessoria de Imprensa